segunda-feira, fevereiro 07, 2011

quem dá o que tem

- Mas não tinhas um?
- Tinha, mas dei. Na altura não pensei que viesse a precisar.
- Pois então, paciência! Nunca ouviste dizer: "Quem dá o que tem, a pedir vem"?
O objecto não interessa, porque podia ser um qualquer. O ditado é que tem piada e talvez venha a ser mais lembrado nesta altura de crise.
É claro que conhecia o dito antigo, mas sem nunca o ter levado muito a sério, talvez pelo meu feitio de não deitar fora coisas que supostamente e remotamente ainda me possam vir a ser úteis. Claro que a falta de espaço acaba por nos tornar mais flexíveis nestas questões. E claro que não é bom ter em casa coisas que não têm uso. E claro que fico contente quando posso oferecer algo que faça mais jeito a outrem num determinado momento. Nem se pensa mais nisso. Nem nada disso está em questão.
O que é para aqui chamado é este ditado antigo, que talvez volte a fazer sentido para muita gente em tempo de vacas magras: "Quem dá o que tem a pedir vem".

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"Guarda o que não queres, encontrarás o que precisas", sempre me disse o meu pai. Mas eu fazia (e faço) orelhas moucas, porque sou de dar. Dou quando não me serve e, mesmo que sirva, quando sei que alguém precisa. Já em pequenita, se alguma amiga minha dizia algo como "opá, gosto tanto disto!" eu respondia: "queres?, toma!". Vinha logo a pergunta: "mas tu não queres, não te faz falta?". E a resposta era pronta e segura: "não"! Porque me fazia super feliz ver alguém feliz por tão pouco. E não são assim tantas as oportunidades de fazermos os outros felizes, só por isso valia!

Agora, se calho a dar alguma coisa que não baste àquele a quem dou, também não me sinto nadica culpada, porque vale-me o ditado:

"Quem dá o que tem, a mais não é obrigado".

Obrigada!
:-)
 
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