segunda-feira, novembro 30, 2009

o destino dos pedros

Desde pequena que ouço dizer isto: todos os pedros são malucos.
O nome Pedro, segundo a tradição popular, carrega esse destino de ser maluco, endiabrado, reguila, destravado, levantado, sei lá mais quantos adjectivos sinónimos poderia aqui usar.
Em que se baseia esta crença? O mais provável é que o responsável seja um Pedro que realmente existiu, não sei onde nem há quanto tempo. Que terá feito esse Pedro para que a sua fama chegasse até hoje sob a forma de uma crença popular?

terça-feira, novembro 24, 2009

adiante e troca o passo

"-Olha, adiante e troca e passo". Com esta expressão antiga encerrou o rol de queixas, desgraças que por vezes preenchem algumas vidas e deu a entender que o que conta é que o está para a frente.
Esta expressão resume uma forma optimista de ver as coisas. O que lá vai, lá vai. "Adiante e troca o passo" manda seguir em frente, sejam quais forem as desgraças que tenham acontecido. A expressão recomenda que se deixe o passado no passado e se olhe para o futuro, mais sabios com as lições do que aconteceu, talvez mudando de caminho, de postura.
É uma expressão que resume muito bem aquilo que toda a gente sabe que se devia fazer em determinadas circunstâncias, mas que nem sempre é fácil pôr em prática.
"Adiante e troca o passo". Vou tentar.

sexta-feira, novembro 13, 2009

a cabeça lêveda

- "Tenho a cabeça lêveda". No meio das outras queixas, típicas de uma gripe, eis que surge este sintoma. Talvez por estar a sentir-me bem nessa altura, não consegui entender o que é ter a cabeça lêveda. Tentaram excplicar-me: - "É assim (acompanhado de gestos), como se a cabeça estivesse aumentada...." Eu assenti, sim, percebo.
Mas na realidade, só agora - passados uns tempos - percebo exactamente. Tenho a cabeça lêveda. Percebo porque é assim que tenho a cabeça. Lêveda.

segunda-feira, novembro 09, 2009

um cheiro bilhardeiro

- "A laranja tem um cheiro bilhardeiro!"
Nunca tinha ouvido o adjectivo bilhardeiro aplicado a algo que não fosse uma pessoa, mas garantiram-me que a expressão era bastante usada antigamente: - "Dizia-se muito em casa dos meus pais".
E por ser verdade que a laranja tem um "cheiro bilhardeiro", momentos depois de ter começado a descascá-la, embora ninguém conseguisse ver o que estava a fazer, já havia vários colegas a perguntarem quem tinha laranja e a pedirem um gomo.
Num ápice a laranja bilhardeira foi distribuída por quantos estavam presentes e ainda bem. Partilhou-se a fruta e partilhou-se uma antiga expressão madeirense.
- "Há muitas outras comidas com cheiro bilhardeiro, que se denunciam logo. Por exemplo, quem é que consegue esconder da vizinhança que está a fazer bolos de mel?"

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