sábado, agosto 22, 2009

para não morrer "afogado"

Antigamente, toda a gente levava muito a sério o facto de uma criança nascer com o cordão umbilical à volta do pescoço. Essa circunstância determinava de imediato o nome do bebé: se fosse Menina, chamar-se-ia Maria José; se fosse rapaz, o nome tinha de ser José Maria.
Ninguém colocava em questão este hábito antigo, se tivessem outro nome pensado, paciência, abdicavam dele e optavam pela junção mágica de Maria e de José, conforme o sexo da criança. O que era realmente importante, era garantir que a criança ficaria protegida e já não morreria "afogada".
As pessoas diziam "afogada" mas nesta utilização popular o adjectivo significa na realidade sufocada, numa alusão à imagem do cordão, rodeando o pescoço.
Numa época mais recente, a superstição simplificou-se e reparei em meninas com o nome José e rapazes com o nome Maria a seguir a outros nomes proórpios, Catarina ou Antonio, e tantos outros.
Com o tempo, a tendência será para esquecer completamente a superstição. Apercebi-me disso quando há dias assisti à conversa de um casal amigo, cuja filha nasceu com o cordão umbilical à volta do pescoço. O pai quer cumprir a tradição e colocar o nome José a seguir ao primeiro nome, mas a mãe não acredita nessas coisas e insiste noutra combinação.

Comments:
Lília
Qual a razão de repetir (no geral)este seu escrito de 2 de Fevereiro de 2009?
Minhas saudações
 
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