domingo, maio 10, 2009

o barbante dos foguetes

Em vez da romaria de antigamente, este ano apenas um homem carregando os foguetes acompanhava os três elementos de capas vermelhas, dois carregando as bandeiras e outro a bandeja com o saco das ofertas para o Espírito Santo. Ao aproximar-se de cada casa, o homem dos foguetes descansava o molho e lançava o foguete que, por tradição, anuncia a chegada das insígnias do Espírito Santo.
Noutros tempos, o fogueteiro apenas lançava os foguetes. Era outro rapaz que carregava o molho por entre caminhos e veredas. Um bando de miúdos acompanhava também o cortejo.
Quando o fogueteiro se preparava para lançar o foguete, ficavam todos em sentido. Os pequenos fixavam o foguete e ficavam muito atentos para tentar perceber em que local cairia a cana. Depois desatavam a correr, a saltar poios, ribeiros e caminhos para tentar chegar-lhe primeiro. Era uma algazarra.
Os pequenos disputavam assim o que restava dos foguetes para aproveitar o barbante que nessa altura vinha enrolado nos foguetes. Tentavam arranjar o máximo possível desse barbante para com ele altearem joeiras. E por isso, porque os pequenos queriam arranjar barbante para as joeiras, vinha uma autêntica romaria a acompanhar os Espírito Santo, enchendo os terreiros das casas de uma animada movimentação.

Comments:
Olá amiga!
De um desperdício se fazia uma economia...
Sim, porque o fogo é um desperdício de dinheiro. Aproveitava-se o barbante. Sempre achei que é mal empregado o dinheiro da fogama que por aí rebenta. Mas enfim... Esta gente continua com a tradição tonta.
E contudo não tem comparação com os milhões e milhões que se gastam por aí .
 
Outros tempos :)
 
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