sexta-feira, abril 24, 2009
para afastar as feiticeiras
Qualquer barulho estranho, qualquer remexer, e logo surgia o receio de que fosse uma feiticeira.
Havia duas fórmulas que as pessoas logo diziam, para a afastar.
1. "Hoje é sábado, sábado é, em nossa casa Jesus, Maria, José. Tosca, marrosca."
2. Credo cruzes, credo cruzes, credo cruzes, radabás, satanás."
Uma destas fórmulas bastava para afastar a suposta feiticeira. Bons tempos, em que tão facilmente se afugentava o mal.
Havia duas fórmulas que as pessoas logo diziam, para a afastar.
1. "Hoje é sábado, sábado é, em nossa casa Jesus, Maria, José. Tosca, marrosca."
2. Credo cruzes, credo cruzes, credo cruzes, radabás, satanás."
Uma destas fórmulas bastava para afastar a suposta feiticeira. Bons tempos, em que tão facilmente se afugentava o mal.
Comments:
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Querida Lília:
Que bom ter cindo aqui para me fazeres rir.
Ai as feiticeiras!!! Parece que não resistiram à luz eléctrica.Pero que las hai,hai..
Muito mais assustadoras que o olhado, para mim...
Lembrei-me agora ao ler-te de uma oração que cheguei a rezar em pequena:«tosca marrosca, marrosca tosca, olhos na cara, freios na boca, S.João Evangelista guardai a minha casa e toda a minha conquista!» Isto era de dizer ao deitar e assim se livrava de alguém se agradar de passear sobre as nossas cabeças enquanto se dormia!
Nunca mais me tinha lembrado, mas essa rezei,confesso.
Sabes o que diziam elas quando montavam no cabo de vassoura?
«Bota, bota, vara , vara» e pronto já estavam no destino! Sempre me deliciou esta frase!
Era a transposição da matéria na sua forma mais pura. Eu imaginava-me a ir à Índia numa noite, aonde me apetecesse! Bota bota, ia pelo ar . Vara vara , parava!!! Melhor era impossível!
Mas claro, vender a alma ao diabo , nunca , jamais.
E sabes como se conheciam as feiticeiras?
Ia-se à confissão e ficava-se a rezar até ao fim . Como os padres usavam um objecto santo ao pescoço, isso impedia-as de se aproximarem. Então, os padres iam confessar sem isso. Mas havia aqui na nossa freguesia um padre que tinha reina às feiticeiras e então usava. E elas iam ficando ficando sem nunca se confessarem. Ele no fim saía para a sacristia onde deixava esse objecto(Cruz talvez). Mas olhava-as e resmungava algo. Depois voltava e confessavam-se. Elas tinham-lhe raiva. Certa vez foi o padre chamado para uma extrema-unção. Nunca chegou. Foram à procura estava caído morto, no caminho, de boca para baixo, afogado numa simples pocinha de água!
Fascinante estória. Que gravei!
Abraços
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Que bom ter cindo aqui para me fazeres rir.
Ai as feiticeiras!!! Parece que não resistiram à luz eléctrica.Pero que las hai,hai..
Muito mais assustadoras que o olhado, para mim...
Lembrei-me agora ao ler-te de uma oração que cheguei a rezar em pequena:«tosca marrosca, marrosca tosca, olhos na cara, freios na boca, S.João Evangelista guardai a minha casa e toda a minha conquista!» Isto era de dizer ao deitar e assim se livrava de alguém se agradar de passear sobre as nossas cabeças enquanto se dormia!
Nunca mais me tinha lembrado, mas essa rezei,confesso.
Sabes o que diziam elas quando montavam no cabo de vassoura?
«Bota, bota, vara , vara» e pronto já estavam no destino! Sempre me deliciou esta frase!
Era a transposição da matéria na sua forma mais pura. Eu imaginava-me a ir à Índia numa noite, aonde me apetecesse! Bota bota, ia pelo ar . Vara vara , parava!!! Melhor era impossível!
Mas claro, vender a alma ao diabo , nunca , jamais.
E sabes como se conheciam as feiticeiras?
Ia-se à confissão e ficava-se a rezar até ao fim . Como os padres usavam um objecto santo ao pescoço, isso impedia-as de se aproximarem. Então, os padres iam confessar sem isso. Mas havia aqui na nossa freguesia um padre que tinha reina às feiticeiras e então usava. E elas iam ficando ficando sem nunca se confessarem. Ele no fim saía para a sacristia onde deixava esse objecto(Cruz talvez). Mas olhava-as e resmungava algo. Depois voltava e confessavam-se. Elas tinham-lhe raiva. Certa vez foi o padre chamado para uma extrema-unção. Nunca chegou. Foram à procura estava caído morto, no caminho, de boca para baixo, afogado numa simples pocinha de água!
Fascinante estória. Que gravei!
Abraços
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