sexta-feira, abril 30, 2010
o mocinho da cesta
Contemplávamos, embevecidos, uma ninhada de patos. Por entre a euforia das crianças, por entre as conversas e os risos, a minha mãe apontou para um dos patinhos amarelos, de penugem leve, e disse: "Olha, o mocinho da cesta!"
Segui-lhe o gesto e percebi logo. Um dos patinhos da ninhada era visivelmente mais pequeno e frágil do que todos os outros.
Segundo a explicação da minha mãe, entre os muitos filhos das famílias de antigamente havia sempre um mais pequeno e desajeitado do que os outros, a quem chamavam o moço da cesta. Talvez por ser aquele que, não tendo tanta força para o trabalho, acabava ficando com a incumbência de fazer os recados e de levar o comer ao pai e aos irmãos, por exemplo.
Ora, nada mais simples do que aplicar a um pequeno pato um dito originalmente usado para pessoas. Tal como ao contrário também não seria de espantar. Uma das muitas características interessantes do falar popular é precisamente esta elasticidade.
Segui-lhe o gesto e percebi logo. Um dos patinhos da ninhada era visivelmente mais pequeno e frágil do que todos os outros.
Segundo a explicação da minha mãe, entre os muitos filhos das famílias de antigamente havia sempre um mais pequeno e desajeitado do que os outros, a quem chamavam o moço da cesta. Talvez por ser aquele que, não tendo tanta força para o trabalho, acabava ficando com a incumbência de fazer os recados e de levar o comer ao pai e aos irmãos, por exemplo.
Ora, nada mais simples do que aplicar a um pequeno pato um dito originalmente usado para pessoas. Tal como ao contrário também não seria de espantar. Uma das muitas características interessantes do falar popular é precisamente esta elasticidade.