sexta-feira, novembro 30, 2007
Deita no chão
- "Não podes, deita no chão."
Fui apanhada de surpresa por esta expressão que não ouvia há bastante tempo.
Afinal, ainda se utiliza, ainda bem! É uma forma popular de reagir a alguém que esteja a cramar. As pessoas por vezes cramam dizendo: - "Não posso."
A resposta surge prontamente: "Não podes, deita no chão".
Antigamente, as pessoas fartavam-se de carregar coisas às costas. Carregavam molhos gigantescos de erva para os animais e de lenha para alimentar o lar, carregavam pedras e outros materiais para construírem as casas em sítios inconcebíveis, carregavam os aguadores de água da fonte. As pessoas carregavam tudo, durante longas distâncias e por caminhos estreitos e íngremes.
Quem foi desse tempo, não pode deixar de responder assim perante alguém que diz "não posso" e não carrega nada, afinal. Não tem peso físico nenhum sobre os ombros e os pesos morais ou existenciais parecem ridículos aos olhos de quem já passou por dificuldades sem conta possível.
- "Não podes, deita no chão." A expressão é acompanhada por um encolher de ombros, seguido da continuação precisa daquilo que estava a ser feito.
E este desimportado "Não podes, deita no chão", assim sem mais nada, obriga-nos a reflectir. Talvez não seja necessário. Talvez não haja realmente nada para deitar no chão.
Fui apanhada de surpresa por esta expressão que não ouvia há bastante tempo.
Afinal, ainda se utiliza, ainda bem! É uma forma popular de reagir a alguém que esteja a cramar. As pessoas por vezes cramam dizendo: - "Não posso."
A resposta surge prontamente: "Não podes, deita no chão".
Antigamente, as pessoas fartavam-se de carregar coisas às costas. Carregavam molhos gigantescos de erva para os animais e de lenha para alimentar o lar, carregavam pedras e outros materiais para construírem as casas em sítios inconcebíveis, carregavam os aguadores de água da fonte. As pessoas carregavam tudo, durante longas distâncias e por caminhos estreitos e íngremes.
Quem foi desse tempo, não pode deixar de responder assim perante alguém que diz "não posso" e não carrega nada, afinal. Não tem peso físico nenhum sobre os ombros e os pesos morais ou existenciais parecem ridículos aos olhos de quem já passou por dificuldades sem conta possível.
- "Não podes, deita no chão." A expressão é acompanhada por um encolher de ombros, seguido da continuação precisa daquilo que estava a ser feito.
E este desimportado "Não podes, deita no chão", assim sem mais nada, obriga-nos a reflectir. Talvez não seja necessário. Talvez não haja realmente nada para deitar no chão.
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Ora nem mais... Eu como mulher do norte da ilha conheço essa expressão. Adorei o blog parabéns. vou linkar no meu.
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