domingo, setembro 16, 2007

Erva-doce e outras ervas

Fiz chá erva-doce e ficou tão bom, bebi duas chávenas. Fiz porque gosto do sabor e, sobretudo, do cheiro. Então lembrei-me que antigamente cheirava a erva-doce em todas as casas com bebés recém-nascidos. Todas as mães tomavam chá de erva-doce, muito, para terem abundância de leite e poderem amamentar as suas crianças.
Em todas as casas com bebés pequenos cheirava a erva-doce mas também se sentia, mal se chegava à porta, um cheiro de aguardente. A aguardente era servida às visitas, mas também era usada na confecção de uma infusão a que se juntavam ervas, obrigatória para todas as parturientes.
Para além da aguardente, essa infusão especial era composta por madre de louro, canela, botões de arruda, erva-doce e botões de cravo da índia.

Algumas destas ervas - a arruda e a madre de louro - eram das mais utilizadas nas doenças relacionadas com o útero. Mas para esses padecimentos também se usavam chás de lombrigueira, losna, alfinetes de senhora, artemija, cuidados, marroios, poejos, salva e ainda acelgas, alfavaca e amor-de-burro.
O alecrim de Nossa Senhora e a alfazema serviam para banhos. Sobre o útero colocavam uma cataplasma de arruda, alfazema ou rosmaninho pisados, um ovo batido e um pouco de farinha. Para acalmar as dores menstruais também era costume as jovens tomarem meio cálice de aguardente.

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