quarta-feira, setembro 05, 2007
Atremar
" - Não atremei!"
O remédio é voltar a dizer ou a explicar.
" - Atremaste?" Agora sim, pronto, ainda bem.
Coisas mal atremadas, mesmo coisas pequenas e parecendo sem importância, podem originar grandes confusões.
Gosto deste estranho verbo madeirense que é sinónimo de perceber e continua a ser ainda muito usado, fico contente sempre que o ouço. Atremar. Gosto da palavra em si e gosto, sobretudo, de atremar.
Poucas coisas existem mais fascinantes do que as palavras. Dizem tudo. E nada dizem, também. Dizem significados escondidos, dizem o que não está lá, muitas vezes. Dizem o que queremos ouvir, e não o que dizem realmente, tantas vezes, quantas!
Às vezes as palavras que ouvimos dizem o que sentimos e não o que sente quem as diz.
Tanto mistério, e tanta possibilidade de interpretação. Tantos sentidos, tantos sentires, tantos dizeres e ouvires. E as palavras bailando, bailando, bailando.
De forma que.
De forma que atremar.
É essencial.
Eu gosto. Gostava.
O remédio é voltar a dizer ou a explicar.
" - Atremaste?" Agora sim, pronto, ainda bem.
Coisas mal atremadas, mesmo coisas pequenas e parecendo sem importância, podem originar grandes confusões.
Gosto deste estranho verbo madeirense que é sinónimo de perceber e continua a ser ainda muito usado, fico contente sempre que o ouço. Atremar. Gosto da palavra em si e gosto, sobretudo, de atremar.
Poucas coisas existem mais fascinantes do que as palavras. Dizem tudo. E nada dizem, também. Dizem significados escondidos, dizem o que não está lá, muitas vezes. Dizem o que queremos ouvir, e não o que dizem realmente, tantas vezes, quantas!
Às vezes as palavras que ouvimos dizem o que sentimos e não o que sente quem as diz.
Tanto mistério, e tanta possibilidade de interpretação. Tantos sentidos, tantos sentires, tantos dizeres e ouvires. E as palavras bailando, bailando, bailando.
De forma que.
De forma que atremar.
É essencial.
Eu gosto. Gostava.
Comments:
<< Home
atremar...palavra quase caída no mento..quase que senti uma lagrima a rolar,pois esta palavra remeteu-me a tempos longinquos,na casa da minha avó materna..em que ela na sua doçura , me pedia:
-Diz...nao atremei o que disseste...
Tadinha..já estava meia durinha de ouvido no fim da sua vida.
Que bom que existas, Lilia,para nao deixares caíres no esquecimento estes termos que fazem parte do nosso patrimonio cultural e linguistico...esta palavra reportou-me a outras épocas, á minha infancia e até consegui sentir o cheiro agradável da casa da minha avo...Bem hajas!!
-Diz...nao atremei o que disseste...
Tadinha..já estava meia durinha de ouvido no fim da sua vida.
Que bom que existas, Lilia,para nao deixares caíres no esquecimento estes termos que fazem parte do nosso patrimonio cultural e linguistico...esta palavra reportou-me a outras épocas, á minha infancia e até consegui sentir o cheiro agradável da casa da minha avo...Bem hajas!!
O fadistinha do buzico estava a escarafunchar no poio e encontrou aquela colher que tinha perdido aquemtrodia, toda cheia de zenabre. Atremaste?
Este teu post fez-me lembrar o meu pai que quando nos nao atremamos o que ele diz, ele responde que ontem tava a catorze... e mais uma das expressoes dele que ainda hoje em dia em tom de brincadeira digo ao meu noivo :)
Postar um comentário
<< Home