terça-feira, setembro 05, 2006
Rei e filhos
Ensinei à minha filha e aos meus sobrinhos um dos jogos preferidos da minha infância. Eles adoraram e divertiram-se mais com o jogo do Rei e Filhos do que se teriam divertido com os mais sofisticados e caros jogos da actualidade.
Ficaram os três a olhar, muito atentos, enquanto eu descrevia as regras do jogo . Depois decidiram logo quem seria, primeiro, o rei e inverteram os papéis diversas vezes, por entre risos e cumplicidades.
Um das crianças fica sentada num local que supostamente será o trono. O rei diz então às outras crianças: "Meus filhos, vão passear." Claro que é sempre possível dar um tom cerimonioso à frase. Claro que também é possível acrescentar mais algumas coisas, como pedir-lhes que tenham muito cuidado, que não se demorem, e assim por diante.
Os filhos vão passear e, já longe dos olhares do pai, combinam aquilo que lhe dirão no regresso. Têm de decidir o local do passeio e aquilo que lá foram fazer. Conseguido um consenso, de preferência referindo-se a alguma actividade bastante imaginativa, regressam.
O rei recebe-os com alegria: "Meus queridos filhos! Posso saber onde foram?" Uma das crianças responde com a indicação do local: à cidade, à serra, à praia ou sei lá que mais. E o rei, de imediato, pergunta: "E o que foram lá fazer?" Começa então a parte mais engraçada.
Segundo as regras do jogo, os filhos têm de contar ao pai o que foram fazer ao local referido, usando unicamente gestos. Repetem-nos até que o rei consiga acertar. Muitas vezes, é necessário fazer uma pausa para as gargalhadas, face às tentativas frustradas do rei.
Quando, finalmente, acerta, é hora de trocar papéis. Um dos filhos passa a ser o rei e fica, calmamente, à espera que os outros lhe preparem a adivinha em forma de gestos.
As crianças adoraram. Eu também adorei. Até fiz de rei a determinada altura e coube-me adivinhar algo que no meu tempo seria impossível. Os meus meninos foram ao Iraque e conseguiram capturar o Bin Laden.
Esta simples brincadeira veio provar que é possível manter as nossas antigas tradições, como os jogos que aqui tenho recordado. Basta utilizar um pouco do nosso tempo a explicar como se fazia. Custa bem menos do que um sofisticado jogo de computador, a todos os níveis.
Ficaram os três a olhar, muito atentos, enquanto eu descrevia as regras do jogo . Depois decidiram logo quem seria, primeiro, o rei e inverteram os papéis diversas vezes, por entre risos e cumplicidades.
Um das crianças fica sentada num local que supostamente será o trono. O rei diz então às outras crianças: "Meus filhos, vão passear." Claro que é sempre possível dar um tom cerimonioso à frase. Claro que também é possível acrescentar mais algumas coisas, como pedir-lhes que tenham muito cuidado, que não se demorem, e assim por diante.
Os filhos vão passear e, já longe dos olhares do pai, combinam aquilo que lhe dirão no regresso. Têm de decidir o local do passeio e aquilo que lá foram fazer. Conseguido um consenso, de preferência referindo-se a alguma actividade bastante imaginativa, regressam.
O rei recebe-os com alegria: "Meus queridos filhos! Posso saber onde foram?" Uma das crianças responde com a indicação do local: à cidade, à serra, à praia ou sei lá que mais. E o rei, de imediato, pergunta: "E o que foram lá fazer?" Começa então a parte mais engraçada.
Segundo as regras do jogo, os filhos têm de contar ao pai o que foram fazer ao local referido, usando unicamente gestos. Repetem-nos até que o rei consiga acertar. Muitas vezes, é necessário fazer uma pausa para as gargalhadas, face às tentativas frustradas do rei.
Quando, finalmente, acerta, é hora de trocar papéis. Um dos filhos passa a ser o rei e fica, calmamente, à espera que os outros lhe preparem a adivinha em forma de gestos.
As crianças adoraram. Eu também adorei. Até fiz de rei a determinada altura e coube-me adivinhar algo que no meu tempo seria impossível. Os meus meninos foram ao Iraque e conseguiram capturar o Bin Laden.
Esta simples brincadeira veio provar que é possível manter as nossas antigas tradições, como os jogos que aqui tenho recordado. Basta utilizar um pouco do nosso tempo a explicar como se fazia. Custa bem menos do que um sofisticado jogo de computador, a todos os níveis.