terça-feira, setembro 26, 2006

História de um carneirinho

Nas minhas recolhas de 1986, encontro a história de um carneirinho, em verso, que foi me foi dita pelo senhor Josezinho, vizinho de sempre da casa dos meus pais. Penso que está incompleta. Ao reler os versos que então escrevi, à medida que ele os ia dizendo, tenho a impressão de que faltam alguns entre a terceira e a quarta quadra. Não é costume estas histórias serem tão curtas. Também me ocorreu que talvez estes fossem versos do Feiticeiro do Norte. Muitas pessoas sabiam de cor os seus versos e não era de admirar se este fosse um desses casos. De qualquer forma, aqui fica registada a história, agradeço a quem a souber, que me ajude a completá-la.


Quando eu era rapaz novo
Fui a São Vicente ao gado
E eu comprei um carneirinho
Que me custou um cruzado

Eu vinha pelo caminho
Disseram benza-te Deus
Qu'o carneirinho é pequeno
Mas quem dá sorte é Deus

Um dia 'tava na cama
Tinha a boca como fel
E o carneirinho soltou-se
Pela corda e o cordel

(......)

E o carneirinho foi morto
A vinte e cinco de Agosto
A pelinha que ele tinha
Deu p'ra pagar o imposto

As perninhas que ele tinha
Deu uma roca p'ra fiar
E até as pobres caganitas
Deu umas contas p'ra rezar

(José da Trindade Quintal)

Comments:
o meu pai é natural de uma pequena aldeia da Boaventura, que se chama Falca de Baixo. lembro-me perfeitamente dele me cantar esta canção, que ele conhece desde pequeno e gostei de recordar estes versos. tenho pena de não poder ajudar a completar pois não conheço a parte que falta.
 
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