quarta-feira, setembro 07, 2005

Gramofones e vitrolas

Antes da telefonia da "Leiteira" e de qualquer outra telefonia do sítio, exitiram os gramofones. O primeiro foi o de casa de "Antôine do Fava", que tinha estado emigrado na América. A esse gramofone chamavam "ricacó", um nome conservado pela fantástica memória da minha mãe, que diz ter sido essa a marca do aparelho (ou algo parecido, pois o nome ficou registado apenas oralmente).
Depois foi o senhor José Duarte, o Caquilha, a ter um gramofone, comprado na cidade em segunda mão.
O "Ti Lexandre" do Pinheirinho foi também o afortunado proprietário de uma vitrola, que trouxe do Curaçau, mas isso já depois do gramofone do senhor José Duarte. O Caquilha, já se sabe, vivia ao lado da casa dos meus avolitos e as duas famílias conviviam diariamente. Desde pequena que ouço a mãe minha recordar, sempre com admiração, esse gramofone, onde se podiam ouvir discos de 78 rotações. "O gramofone era de dar corda para funcionar e era preciso por a agulha em cima do disco com muito cuidado."

Comments:
É lindo,ver como coisas e pessoas tão simples se mantêm vivas na tua memória,continua a escrever,para que a nossa cultura nunca morra
 
Quando era pequeno vivia na casa de um tio, que tinha estado emigrado e tinha um gramafone. Havia uns discos de vinil, muito antigos, lembro-me de ouvir algum do Teixeirinha. O tio morreu, o gramafone foi para debaixo da cama por falta de espaço, e de tanto mexermos nele acabou todo partido. Hoje, tenho pena de não termos conservado o gramafone e os discos!
 
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Best regards from NY! » »
 
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