sexta-feira, agosto 12, 2005

Rafael do Quartel

Rafael do Quartel
Deu uma malha na mulher
C'o cabinho da colher

Cá está uma pequena lengalenga que eu não conhecia. Nunca a disse em criança mas também não me lembro de ter conhecido algum Rafael.
Como tudo era simples nesse tempo em que bastava um nome, e mais duas ou três palavras a rimar, para criar uma diversão.
Uma diversão que seria repetida vezes sem fim, atormentando quem sabe outra criança, um qualquer adulto ou talvez algum velhote que passasse no caminho, com um saca de pernil e um molho de lenha ou de comida às costas, numa posição em que nada podia fazer para se defender, a menos que descansasse a carga.
As lengalengas, mesmo pequenas como esta, estavam destinadas a passar de geração em geração, em memórias contadas, tal como esta me chegou, a propósito de um qualquer episódio do dia-a-dia, talvez a propósito de um nome.
Este é um momento solene e eu estou contente por participar nele. O mais provável é que esta pequena lengalenga do Rafael do Quartel esteja a ser posta em palavras escritas pela primeira vez em toda a existência.

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