terça-feira, agosto 09, 2005
Mandar no marido
A minha menina tem o segundo dedo do pé um pouco mais comprido do que o dedo grande. Com a habitual curiosidade perguntou-me porquê: "Mãe, porque é que o teu segundo dedo é mais pequeno do que o grande mas o meu é maior?" Enquanto perguntava olhava para os pés descalços, ambos juntinhos e de dedos esticados, para ilustrar a pergunta, para provar que era verdadeira aquela constatação.
Então lembrei-me do que se dizia, que o segundo dedo maior do que o grande significa que a mulher vai mandar no marido. Lembrei-me e ri-me para dentro, em simultâneo com a resposta que saiu de forma automática: "Dizem que as mulheres que têm o segundo dedo maior do que o grande, é porque vão mandar no marido."
A minha resposta, que era mais uma memória do que uma verdadeira resposta, foi suficiente para a satisfazer. Ficou bem contente: "A sério? Que bom! Assim eu vou ter tudo como eu quero." E antes que eu tivesse tempo de organizar as ideias, de pensar como lhe dizer que ninguém deve mandar em ninguém, especialmente o marido na mulher ou a mulher no marido, ela desapareceu para o quarto, já distante daquela dúvida, embrenhada numa qualquer ocupação.
Sozinha, dentro ainda da surpresa daquela curiosidade infantil, descalcei as sandálias e pus os pés direitos, esticados e juntos, tal como tinham estado os da minha menina momentos antes. É verdade, os dedos maiores dos meus pés são mesmo os dedos grandes. Por mais bem esticados que estejam, os segundos dedos são bem mais curtinhos. Não mando em ninguém. Mas também ninguém me manda, ao menos isso.
Então lembrei-me do que se dizia, que o segundo dedo maior do que o grande significa que a mulher vai mandar no marido. Lembrei-me e ri-me para dentro, em simultâneo com a resposta que saiu de forma automática: "Dizem que as mulheres que têm o segundo dedo maior do que o grande, é porque vão mandar no marido."
A minha resposta, que era mais uma memória do que uma verdadeira resposta, foi suficiente para a satisfazer. Ficou bem contente: "A sério? Que bom! Assim eu vou ter tudo como eu quero." E antes que eu tivesse tempo de organizar as ideias, de pensar como lhe dizer que ninguém deve mandar em ninguém, especialmente o marido na mulher ou a mulher no marido, ela desapareceu para o quarto, já distante daquela dúvida, embrenhada numa qualquer ocupação.
Sozinha, dentro ainda da surpresa daquela curiosidade infantil, descalcei as sandálias e pus os pés direitos, esticados e juntos, tal como tinham estado os da minha menina momentos antes. É verdade, os dedos maiores dos meus pés são mesmo os dedos grandes. Por mais bem esticados que estejam, os segundos dedos são bem mais curtinhos. Não mando em ninguém. Mas também ninguém me manda, ao menos isso.
Comments:
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Olá! Adorei a história dos dedos dos pés. Regressei à minha infância e recordei-me da frustração que senti quando descobri que não ia mandar no marido .... rsrsrs. Cresci e os meus dedos dos pés também, hoje o meu segundo dedo é do mesmo tamanho do dedo grande. Fico feliz porque acho que a vida a dois deve ser um encontro de vontades. Ninguém manda em ninguém e assim é que deve ser.
Obrigada por, com as tuas histórias, me fazeres regressar tantas vezes à minha infância.
Beijinhos,
Maria do Carmo
Obrigada por, com as tuas histórias, me fazeres regressar tantas vezes à minha infância.
Beijinhos,
Maria do Carmo
Aaaaaaahhhhhhhh!!!
Essa já conhecia!! Hehe!!
Também ouvi isso algumas vezes, mas eu acredito que ninguém manda em ninguém!! Ou mandamos os dois nas devidas situações... :)
Beijinho
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Essa já conhecia!! Hehe!!
Também ouvi isso algumas vezes, mas eu acredito que ninguém manda em ninguém!! Ou mandamos os dois nas devidas situações... :)
Beijinho
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