terça-feira, março 15, 2005
Casamento debaixo da Figueira do Costa
"Olha, fizemos como a ti Rosa, que eles diziam que foi casar com o Ti Libano debaixo da Figueira do Costa." A minha mãe seguia ao meu lado, depois de eu ter dado uma volta ao Funchal e ter concluído, uma vez que não encontrava estacionamento, ser melhor regressar a casa, em vez de levá-la à missa, como lhe tinha pormetido.
A minha mãe encolheu os ombros, um pouco desconsolada, e comparou aquela ida à missa de faz-de-conta com um casamento que ficou na história por causa das más línguas.
A história resume-se a isto: A Ti Rosa e o viúvo Ti Libano caminharam para o Caniço, supostamente para se casarem. Mas conta-se que ficaram um bocado fazendo tempo debaixo da figueira do Costa e depois regressaram a casa. Terão feito de conta que casaram, talvez para calar o povo.
Os antigos afiançavam que o cortejo do casamento não tinha passado de meio caminho, com um descanso debaixo da figueira do Costa. Trata-se de um local ainda hoje recordado devido à existência de uma enorme figueira, que dava sombra para um descanso na longa caminhada para o centro da freguesia e de onde colhiam figos, puxando pelos ramos com os chapéus-de-sol.
Havia outras figueiras famosas, como a do Besouro e a do Manilha, contou-me a minha mãe, enquanto fazíamos o caminho de regresso de uma missa a que não fomos. Mas fizemos de conta, sim senhora. Fomos ao Funchal e voltámos para casa, tal como, diziam as más línguas, tinham feito a Ti Rosa e o Ti Libano, no dia do casamento.
A minha mãe encolheu os ombros, um pouco desconsolada, e comparou aquela ida à missa de faz-de-conta com um casamento que ficou na história por causa das más línguas.
A história resume-se a isto: A Ti Rosa e o viúvo Ti Libano caminharam para o Caniço, supostamente para se casarem. Mas conta-se que ficaram um bocado fazendo tempo debaixo da figueira do Costa e depois regressaram a casa. Terão feito de conta que casaram, talvez para calar o povo.
Os antigos afiançavam que o cortejo do casamento não tinha passado de meio caminho, com um descanso debaixo da figueira do Costa. Trata-se de um local ainda hoje recordado devido à existência de uma enorme figueira, que dava sombra para um descanso na longa caminhada para o centro da freguesia e de onde colhiam figos, puxando pelos ramos com os chapéus-de-sol.
Havia outras figueiras famosas, como a do Besouro e a do Manilha, contou-me a minha mãe, enquanto fazíamos o caminho de regresso de uma missa a que não fomos. Mas fizemos de conta, sim senhora. Fomos ao Funchal e voltámos para casa, tal como, diziam as más línguas, tinham feito a Ti Rosa e o Ti Libano, no dia do casamento.