quarta-feira, fevereiro 16, 2005
Ir de balde e vir de selha
Ouvi esta expressão, pela primeira vez, há poucas semanas. No meu Sítio nunca me apercebi de que alguém a usasse, nem sequer durante a infância. Mas parece ser corrente no resto da ilha e significada não trazer nada, vir de mãos a abanar.
Foi uma colega de profissão que a usou, depois de termos passado uma hora à espera da conclusão de uma reunião na Câmara Municipal, e nos terem dito que, afinal, não havia conclusões para divulgar aos jornalistas. Desiludida, a Luísa exclamou: "O quê? Não me diga que viemos de balde e vamos de selha?"
A selha é maior do que um simples balde. No regresso, uma pessoa traz mais um pouco do nada que já levava inicialmente, pensando voltar com o balde cheio.
É assim que me sinto hoje: carregando uma enorme selha, cheia de nada.
Foi uma colega de profissão que a usou, depois de termos passado uma hora à espera da conclusão de uma reunião na Câmara Municipal, e nos terem dito que, afinal, não havia conclusões para divulgar aos jornalistas. Desiludida, a Luísa exclamou: "O quê? Não me diga que viemos de balde e vamos de selha?"
A selha é maior do que um simples balde. No regresso, uma pessoa traz mais um pouco do nada que já levava inicialmente, pensando voltar com o balde cheio.
É assim que me sinto hoje: carregando uma enorme selha, cheia de nada.