quinta-feira, janeiro 27, 2005
Rã, rã, vai p'ra serra ou p'ró mar
"Já sei, vou ser uma joaninha!" A composição exigia que as crianças imaginassem ser uma animal pequenino e ela escolheu ser uma joaninha. Escreveu que seria vermelha com bolinhas negras e que gostaria de viver num lindo jardim, colorido e perfumado.
Então eu lembrei-me. Quando era criança, chamávamos rãzinhas às joaninhas. E quando encontrávamos uma, nalguma flor ou folha das abundantes plantas do quintal, era uma alegria! Segurávamos a rãzinha na ponta do dedo e repetíamos a lenga-lenga que a minha mãe nos tinha ensinado: "Rã, rã, vai p'ra serra ou p'ró mar, senão eu vou pegar numa faquinha e vou-te matar." Esperávamos caladas, quase apreensivas, para ver qual a rota de voo escolhida. Desse rumo dependia o nosso futuro. A direcção escolhida pela rãzinha seria também a direcção do nosso destino.
O mesmo resultado obtinham as raparigas solteiras, quando soltavam um zangão na manhã de São João, depois de o ter deixado prisioneiro durante toda a noite dentro de uma flor de aboboreira, ou "abobareira", como se dizia. A direcção tomada pelo zangão indicava o local onde a rapariga teria o seu futuro lar, onde se estabeleceria com o marido, caso não ficasse para tia.
À minha mãe aconteceu certa vez que o zangão, entontecido pelas longas horas dentro da folha de aboboreira, ensaiou um pequeno voo e quedou-se, sem mais se mexer, no poio à frente da casa dos meus avós. A minha mãe conta que ficou muito triste, por ver assim o seu zangão, enquanto o das outras raparigas tinha voado para lá do alcance da vista, para o lado do mar por onde mais tarde embarcaram para a Venezuela ou para a Austrália. A verdade é que a minha mãe casou e fez casa, precisamente num poio à frente da dos meus avós, a poucos metros do local onde o zangão ficou, imóvel.
Nunca fiz o ritual do zangão na manhã de São João. Mas a todas as joaninhas (ou rãzinhas no dizer da minha mãe) que encontrei durante a infância, ameacei de morte com uma faquinha, apesar de me parecer que as pobrezinhas não mereciam aquilo.
Então eu lembrei-me. Quando era criança, chamávamos rãzinhas às joaninhas. E quando encontrávamos uma, nalguma flor ou folha das abundantes plantas do quintal, era uma alegria! Segurávamos a rãzinha na ponta do dedo e repetíamos a lenga-lenga que a minha mãe nos tinha ensinado: "Rã, rã, vai p'ra serra ou p'ró mar, senão eu vou pegar numa faquinha e vou-te matar." Esperávamos caladas, quase apreensivas, para ver qual a rota de voo escolhida. Desse rumo dependia o nosso futuro. A direcção escolhida pela rãzinha seria também a direcção do nosso destino.
O mesmo resultado obtinham as raparigas solteiras, quando soltavam um zangão na manhã de São João, depois de o ter deixado prisioneiro durante toda a noite dentro de uma flor de aboboreira, ou "abobareira", como se dizia. A direcção tomada pelo zangão indicava o local onde a rapariga teria o seu futuro lar, onde se estabeleceria com o marido, caso não ficasse para tia.
À minha mãe aconteceu certa vez que o zangão, entontecido pelas longas horas dentro da folha de aboboreira, ensaiou um pequeno voo e quedou-se, sem mais se mexer, no poio à frente da casa dos meus avós. A minha mãe conta que ficou muito triste, por ver assim o seu zangão, enquanto o das outras raparigas tinha voado para lá do alcance da vista, para o lado do mar por onde mais tarde embarcaram para a Venezuela ou para a Austrália. A verdade é que a minha mãe casou e fez casa, precisamente num poio à frente da dos meus avós, a poucos metros do local onde o zangão ficou, imóvel.
Nunca fiz o ritual do zangão na manhã de São João. Mas a todas as joaninhas (ou rãzinhas no dizer da minha mãe) que encontrei durante a infância, ameacei de morte com uma faquinha, apesar de me parecer que as pobrezinhas não mereciam aquilo.
Comments:
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Acabo de descobrir a grande lacuna da minha infância: não fiz o teste do zangão, apesar de muitos aproximarem-se de mim, sem que eu tenha agarrado essa oportunidade. Não sei se ainda irei a tempo :) Esperarei até ao dia de S. João deste ano.
Continue com tão deliciosas memórias
Duarte
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Duarte
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