domingo, janeiro 02, 2005
Quando o Geraldo rejeita caldo
Perguntei à minha mãe quem era o Geraldo e ela lembrou-se de um, que já me esqueci de onde era, e logo o meu pai, entrando na conversa, também se lembrou de um Geraldo, que afinal era outro. Mas acho que nenhum dos dois teve a ver com este ditado, que ainda há dois dias aplicámos, face ao extraordinário caso de o meu cunhado ter recusado comer mais um bocado de queijo, um dos manjares que mais aprecia. "Oh, quando o Geraldo rejeita caldo...." algo está mal, mesmo muito mal. E eu, que acredito em ditados, perguntei logo se ele estava doente e se queria um comprimido qualquer para essa hipotética doença que, afinal, não existia. Apenas não lhe apetecia, estava cheio e pronto. Mas nós voltámos a repetir a sentença: "Quando o Geraldo rejeita caldo.....!" Geraldo somos tomos nós, ou quase, lá de vez em quando. O ditado bem podia ter outro nome, mas qual deles tão bem rimaria com caldo? Está comprovada a antiguidade deste dizer. Hoje, com certeza, o apreciado manjar não seria um simples caldo mas outra iguaria qualquer, e se assim fosse o nome do protagonista também seria outro. Mas ainda bem que é assim, pois este deve ser um dos últimos Geraldos desta terra. Geraldo nunca voltou a ser um nome da moda.