quinta-feira, fevereiro 10, 2011
Porco gabado
Sim, claro que sim. Trabalhos novos. Projectos interessantes. Novidades.
Automaticamente, preparo-me para estender o microfone. Vamos gravar? De que se trata exactamente? Quando se concretizarão essas ideias?
Quem? Como? Quando? Onde? Porquê?
Calma. Alto lá, diria o meu avolito.
Pausadamente, divertido, o meu interlocutor justifica o silêncio: - "Porco gabado não chega à Festa!"
Sem outra alternativa a não ser concordar, divirto-me também e registo a expressão mais certa do que muitas outras. E que é apenas uma maneira bem mais engraçada de dizer que o segredo é a alma do negócio ou talvez que não se deve contar com o ovo no cu da galinha. E o mau olhado? E a invejidade?
Porco gabado não chega à Festa. O melhor é apresentar o trabalho feito e deixar as palavras para depois.
Automaticamente, preparo-me para estender o microfone. Vamos gravar? De que se trata exactamente? Quando se concretizarão essas ideias?
Quem? Como? Quando? Onde? Porquê?
Calma. Alto lá, diria o meu avolito.
Pausadamente, divertido, o meu interlocutor justifica o silêncio: - "Porco gabado não chega à Festa!"
Sem outra alternativa a não ser concordar, divirto-me também e registo a expressão mais certa do que muitas outras. E que é apenas uma maneira bem mais engraçada de dizer que o segredo é a alma do negócio ou talvez que não se deve contar com o ovo no cu da galinha. E o mau olhado? E a invejidade?
Porco gabado não chega à Festa. O melhor é apresentar o trabalho feito e deixar as palavras para depois.
segunda-feira, fevereiro 07, 2011
quem dá o que tem
- Mas não tinhas um?
- Tinha, mas dei. Na altura não pensei que viesse a precisar.
- Pois então, paciência! Nunca ouviste dizer: "Quem dá o que tem, a pedir vem"?
O objecto não interessa, porque podia ser um qualquer. O ditado é que tem piada e talvez venha a ser mais lembrado nesta altura de crise.
É claro que conhecia o dito antigo, mas sem nunca o ter levado muito a sério, talvez pelo meu feitio de não deitar fora coisas que supostamente e remotamente ainda me possam vir a ser úteis. Claro que a falta de espaço acaba por nos tornar mais flexíveis nestas questões. E claro que não é bom ter em casa coisas que não têm uso. E claro que fico contente quando posso oferecer algo que faça mais jeito a outrem num determinado momento. Nem se pensa mais nisso. Nem nada disso está em questão.
O que é para aqui chamado é este ditado antigo, que talvez volte a fazer sentido para muita gente em tempo de vacas magras: "Quem dá o que tem a pedir vem".
- Tinha, mas dei. Na altura não pensei que viesse a precisar.
- Pois então, paciência! Nunca ouviste dizer: "Quem dá o que tem, a pedir vem"?
O objecto não interessa, porque podia ser um qualquer. O ditado é que tem piada e talvez venha a ser mais lembrado nesta altura de crise.
É claro que conhecia o dito antigo, mas sem nunca o ter levado muito a sério, talvez pelo meu feitio de não deitar fora coisas que supostamente e remotamente ainda me possam vir a ser úteis. Claro que a falta de espaço acaba por nos tornar mais flexíveis nestas questões. E claro que não é bom ter em casa coisas que não têm uso. E claro que fico contente quando posso oferecer algo que faça mais jeito a outrem num determinado momento. Nem se pensa mais nisso. Nem nada disso está em questão.
O que é para aqui chamado é este ditado antigo, que talvez volte a fazer sentido para muita gente em tempo de vacas magras: "Quem dá o que tem a pedir vem".